Introdução

Nos dois últimos anos, a pandemia impôs desafios enormes para todo o mundo. E no Brasil não foi diferente. Ao mesmo tempo em que enfrentamos graves consequências econômicas e sociais, é inegável que o Brasil também viveu uma aceleração do uso de tecnologias digitais nunca vista, que ajudou pessoas e empresas a se manterem ativas. A digitalização foi fundamental nesse período e, agora, pode ser a mola propulsora capaz de promover inovação e desenvolvimento.

Estamos enfrentando um cenário de desemprego recorde e desigualdade crescente. No primeiro trimestre de 2022, o país tinha 11,9 milhões de desempregados, o que equivale a 11,1% da nossa força de trabalho, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cenário é ainda mais dramático para mulheres, pessoas pretas, pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQIA+. Ao combinar as informações da Pnad com informações de gênero e raça, as taxas de desocupação são ainda maiores, com 13,7% entre as mulheres, 13,3% entre pessoas pretas e 12,9% entre pessoas pardas, acima da média da força de trabalho como um todo.

Além da desocupação, a inflação crescente reduziu o poder de compra das pessoas. Hoje, uma cesta básica está custando quase o mesmo valor do salário mínimo em grandes centros, como São Paulo. A insegurança alimentar também se agravou e, de acordo com a ONG Ação da Cidadania, são dezenas de milhões de brasileiros afetados e que precisam de ajuda. A pandemia também aumentou a evasão escolar, que em 2021 atingiu 12,2% dos 22,3 milhões de jovens brasileiros na faixa etária de 15 a 21 anos.

Ao mesmo tempo, durante a pandemia, os hábitos dos brasileiros se transformaram profundamente. Passamos a pedir até hortifruti pela internet, o home office se tornou uma opção em grande parte das empresas e muitos empreendedores tiveram de se reinventar. Foi como se a gente entrasse em uma máquina do tempo em 2019 e saísse em 2030 em termos de adoção de novas tecnologias.

Neste período, mais de 4 milhões de lares se conectaram à banda larga, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e 22 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez no e-commerce, conforme estimativas da consultoria eMarketer. Só no Google, em 2021, promovemos mais de 375 milhões de conexões diretas entre empresas e consumidores, incluindo ligações, mensagens, reservas e rotas.

Testemunhamos a resiliência dos brasileiros e brasileiras que, depois de serem obrigados a fechar as portas do dia para a noite por conta das necessárias medidas de distanciamento, tiveram a coragem de recomeçar no digital ou acelerar seus negócios on-line. E o Google fez parte disso.

De acordo com os dados do nosso Relatório de Impacto Econômico, as plataformas do Google, incluindo a Busca, o Google Ads, o AdSense, a Play Store e o YouTube tiveram um impacto econômico de R$ 104,5 bilhões no Brasil, somente no ano passado. Este número representa o retorno significativo que nossos serviços ofereceram aos brasileiros, que encontraram no digital uma forma eficiente de continuarem conectados aos seus atuais e potenciais clientes.

Foi por meio de nossas plataformas de publicidade e de serviços gratuitos, como o Perfil da Empresa, que ajudamos empreendedores a continuar prosperando. Ao juntar quem está buscando por um produto com quem está vendendo, nossos produtos ajudam a potencializar o crescimento de empresas brasileiras de todos os tamanhos, beneficiando toda a sociedade. Nesta edição do Relatório, dividimos algumas histórias de empresas que estão usando nossas plataformas em sua jornada de crescimento.

No Google, ficamos felizes e honrados ao registrar tantas histórias que mostram nosso impacto positivo no Brasil nos últimos anos. Temos consciência da nossa responsabilidade em ajudar a acelerar esta etapa de retomada econômica, de forma inclusiva. Queremos que nossos produtos sejam uma plataforma para dar oportunidade a mais pessoas e, assim, gerar impacto econômico. Não podemos deixar ninguém para trás.

Boa leitura!

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Fábio Coelho,

Presidente do Google Brasil,

vice-presidente da Google Inc.